O Arauto do fim do mundo
Para André Pinheiro
No por-do–sol
No fim da noite
É meia-noite
É o arauto...
Do fim do mundo
Do fim da vida
É meia-noite
É o fim de tudo
Que se celebra a vida...
São os Santos
Os mártires
E é no martírio...
Que se conhece a vida
Que se respeita a morte
Que se consagra a vida
São nas segundas!
Que se celebra a vida
Que se bebe o álcool!
Que se espera a morte
Que se recita os versos
Sou eu
A espera a morte!
Que não se vive a vida...
Que eu ouso meu nome...
Sou que em prantos
Grita: Estou vivo
E bem vivo por sinal...
É na segundo que fico em casa
Para celebrar a vida!
Para esperar a vida!
É na segundo que fico em casa...
A esperar a vida!
Samuel Congo da Costa é poeta negro em Itajaí
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