Samuel Congo da Costa Nº05




O Arauto do fim do mundo

                   Para André Pinheiro

 
 
No por-do–sol


No fim da noite


É meia-noite


É o arauto...


Do fim do mundo


Do fim da vida


É meia-noite


É o fim de tudo


Que se celebra a vida...


São os Santos


Os mártires


E é no martírio...


Que se conhece a vida


Que se respeita a morte


Que se consagra a vida


São nas segundas!


Que se celebra a vida


Que se bebe o álcool!


Que se espera a morte


Que se recita os versos


Sou eu


A espera a morte!


Que não se vive a vida...


Que eu ouso meu nome...


Sou que em prantos


Grita: Estou vivo


E bem vivo por sinal...


É na segundo que fico em casa


Para celebrar a vida!


Para esperar a vida!


É na segundo que fico em casa...


A esperar a vida!

Samuel Congo da Costa é poeta negro em Itajaí

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário