Samuel Congo da Costa Nº03


             

              Fauna, flora & concreto



Repousa minha amada...

Fina flor de aço e de concreto!

Repousa e aflora!

No vai e vem

No fim deste século...

Aflora a fina flor

De concreto

De aço

Em descompasso

Vive e morre

A fina flor

Em descompasso

No fim do século

Que cresce em descompasso

A fina flor de aço e de concreto

No fim de tudo

No fim do século

É o Fauno...

A regar

A flor

De aço...

Que cresce em descompasso

Nasce e cresce na fauna!

Dormi e perece

Na fauna e no concreto

A linda flor

De aço e de concreto

Inexato

Afina flor de aço

E de concreto


Samuel da Costa é poeta negro em Itajaí 

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