FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE COMEÇA NOVA ERA CIENTÍFICA NO JARDIM BOTÂNICO DE SÃO JOSÉ







A Fundação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de São José iniciou na semana passada uma das mais importantes atividades do Jardim Botânico do município: a pesquisa científica, com a coleta de amostras de plantas que compõem as áreas verdes do Jardim Botânico de São José.


“Coletando essas amostras teremos registros da diversidade da flora da região, proporcionando um levantamento florístico que nos disponibilizará dados quantitativos e qualitativos do que nos resta da rica flora da Mata Atlântica”, afirma o Superintendente da Fundação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Fernando Damásio.


No primeiro dia de coleta, cada exemplar recebeu uma etiqueta de identificação e iniciou-se o processo de herborização de 08 espécies, sendo o primeiro exemplar coletado uma micônia o que constituirá o nº 1 da Pesquisa Científica do Jardim Botânico de São José. O próximo passo será a identificação e a classificação para compor o Herbário, e os exemplares que não tiverem sua identificação concluída serão remetidos para outros centros de pesquisa botânica, através de parcerias. Os Herbários Barbosa Rodrigues, de Itajaí, Herbário Flor da UFSC, Jardim Botânico da UNIVILLE e a Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas, que já é parceira desde 2010 através de Convênio de Cooperação Técnica, já mostraram interesse para receber os exemplares não identificados.


A maior surpresa dos pesquisadores neste primeiro dia de trabalho foi o encontro inesperado de três exemplares da árvore Mater do Jardim Botânico de São José: o Carvalho Brasileiro (Roupala Brasiliensis).


O estudo, que não tem previsão para terminar, está sob a coordenação do Diretor Operacional da Fundação Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o Biólogo Sérgio Stähelin, auxiliado pela estagiária de Biologia e Engenheira Ambiental Vânia do Nascimento Scherer. A intenção é ainda este ano apresentar parte dos resultados no 63º Congresso Nacional de Botânica e na Reunião da Rede Nacional de Jardins Botânicos, que acontecerão simultaneamente em novembro, próximo a Joinville, constituindo assim, a primeira pesquisa científica e publicação do Jardim Botânico de São José.


“A prioridade no início serão as espécies que estão em estágio de floração, o que facilita a identificação e a classificação científica, e assim, também, ao longo da pesquisa, teremos um calendário anual de florada das espécies que compõem o acervo vivo do Jardim Botânico, que já se sabe, através de observações, a diversidade, apresentando desde rasteiras e arbustivas até as conhecidas arbóreas, como embaúba, jerivá, quaresmeira, garapuvu, jacatirão, arueira, anjico, vassourão, até cedros, canelas e imbuias”, explica o Biólogo Sérgio Stähelin.


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